Como apresentar a Metodologia na Monografia

Como apresentar a Metodologia na Monografia

A metodologia indica o caminho que o pesquisador irá percorrer para alcançar os objectivos propostos. A metodologia é o coração da sua monografia.💡 E que pequenos detalhes podem transformar totalmente a qualidade do seu trabalho. Este artigo aborda sobre a Metodologia na Monografia.

Os detalhes que podem mudar a percepção do seu trabalho

Pequenos detalhes na metodologia podem fazer com que a monografia seja vista com outros olhos.

Saber como explicar as escolhas do seu método, justificar suas decisões e deixar claro o percurso da sua pesquisa é essencial.

Uma metodologia bem detalhada mostra que você domina o tema e seguiu um caminho planeado, o que impressiona qualquer avaliador.

Como escolher o método certo para sua pesquisa

Cada pesquisa pede uma abordagem diferente, e escolher o método certo é fundamental para garantir resultados sólidos.

Precisa identificar o método que melhor se encaixa no seu tema, que esteja alinhado com o seu objectivo, garantindo que ele responda ao problema de pesquisa.

Os erros mais comuns que estudantes cometem (e como evitá-los!)

Muitos estudantes erram por falta de clareza na escolha do método, descrições vagas ou mesmo por não justificar corretamente suas escolhas.

Regras práticas para estruturar uma metodologia na monografia de forma impecável

Uma metodologia impecável precisa ser clara, objectiva e completa.

O capítulo da Metodologia pode ser organizada tendo em conta os seguintes itens: (1) descrição do local de estudo, (2) natureza, (3) forma de abordagem (método), (4) objectivo, (5) procedimentos, (6) instrumentos e técnicas de colecta de dados, (7) Análise e tratamento de dados, (8) população, amostragem e amostra, (9) as variáveis, (10) considerações éticas, (11) limitações do trabalho, (12) resultados esperados.

(1) Descrição do local de estudo

A descrição do local de estudo é define o contexto em que a investigação será realizada. É aqui que descreve-se o ambiente onde a pesquisa ocorrerá, seja uma escola, hospital, bairro, laboratório ou outro local específico.

Seja minucioso na descrição incluindo informações como características geográficas, sociais, culturais, ou demográficas do local.

(2) Quanto à natureza, a pesquisa pode ser classificada como básica ou aplicada.

A pesquisa básica busca gerar novos conhecimentos, sem aplicação prática imediata.

Não tem, todavia, compromisso de aplicação prática do resultado.

A pesquisa aplicada tem como objectivo gerar conhecimentos para aplicação prática, visando à solução de problemas específicos.

Por exemplo, o estudo sobre técnicas de reciclagem de resíduos plásticos: Um estudo que investiga novas técnicas de reciclagem de resíduos plásticos é um exemplo de pesquisa aplicada. Os pesquisadores estão buscando soluções para um problema ambiental específico – a poluição por plásticos – e sua pesquisa é direcionada para desenvolver métodos práticos e eficazes para reciclar plásticos, visando reduzir o impacto ambiental negativo desses resíduos.

No que diz respeito à (3) forma de abordagem, a metodologia pode ser qualitativa ou quantitativa. Tais abordagens e métodos têm características diferentes, mas carregam caráter complementar, não excludente.

A pesquisa qualitativa busca compreender fenômenos complexos, explorar perspectivas e significados.

É mais apropriado a pesquisas da área das ciências sociais (antropologia, sociologia, psicologia social, ciência politica, economia, geografia humana, história, educação, comunicação, direito, etc).

É baseado na interpretação dos fenômenos observados e no significado que carregam, ou no significado atribuído pelo pesquisador, dada a realidade em que os fenômenos estão inseridos. Considera a realidade e a particularidade de cada sujeito objecto da pesquisa.

Permite generalizações de forma moderada, tendo em vista que parte de casos particulares.

A pesquisa quantitativa busca mensurar variáveis, estabelecer relações de causa e efeito e generalizar resultados.

É mais utilizado em pesquisas de ciências naturais (biologia, química, física, astronomia, geologia, ciências ambientais, oceanografia, meteorologia, botânica, zoologia, etc).

É uma abordagem ou método que emprega medidas padronizadas e sistemáticas, reunindo respostas pré-determinadas, facilitando a comparação e a análise de medidas estatísticas de dados.

(4) Quanto ao objectivo, a metodologia pode ser exploratória, descritiva ou explicativa.

A pesquisa exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema.

As pesquisas exploratórias objectivam facilitar familiaridade do pesquisador com o problema objecto da pesquisa, para permitir a construção de hipóteses ou tornar a questão mais clara. Os exemplos mais conhecidos de pesquisas exploratórias são as pesquisas bibliográficas e os estudos de caso.

Exemplo: Um pesquisador deseja investigar as causas potenciais do mau desempenho académico dos alunos em uma determinada escola. Inicialmente, o pesquisador pode conduzir entrevistas informais com professores, alunos e pais para explorar possíveis factores, como mudanças na política da escola, problemas familiares dos alunos, dificuldades de aprendizagem, entre outros. Esta pesquisa exploratória ajudará o pesquisador a identificar possíveis temas e direcções para investigações mais aprofundadas.

A pesquisa descritiva busca descrever características de determinada população ou fenômeno.

Busca a descrição de características de populações ou fenômenos e de correlação entre variáveis.

Exemplo: Um estudo descritivo pode envolver a colecta de dados sobre as condições socioeconómicas de uma comunidade específica. Um pesquisador pode realizar uma pesquisa por meio de questionários estruturados para colectar informações sobre o nível de renda, educação, emprego e acesso a serviços de saúde dessa comunidade. Os resultados fornecerão uma descrição detalhada das características demográficas e socioeconómicas da população estudada.

A pesquisa explicativa busca identificar factores que influenciam ou contribuem para a ocorrência de determinado fenômeno.

Essas têm uso mais restrito. Empregam o método experimental de pesquisa, e são dotadas de complexidade, servindo para identificar atributos ou factores que determinam a ocorrência de fenômenos.

São encontradas, geralmente, em pesquisas tipificadas quanto ao procedimento como experimental ou ex-post facto.

Exemplo: Suponha que haja uma correlação observada entre o consumo de fast food e a obesidade entre jovens. Um estudo explicativo buscaria entender as razões por trás dessa relação. O pesquisador pode realizar uma análise mais aprofundada para investigar factores causais subjacentes, como hábitos alimentares, estilo de vida sedentário, publicidade de alimentos, acesso a alimentos saudáveis, entre outros. O estudo busca explicar porquê o consumo de fast food está associado à obesidade, identificando os mecanismos subjacentes dessa relação.

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No que se refere aos (5) procedimentos, a metodologia pode envolver diferentes abordagens, tais como:

– Estudo de caso;

– Pesquisa documental;

– Pesquisa bibliográfica;

– Levantamento;

– Ex-post facto;

– Pesquisa participante;

– Pesquisa-ação;

– Etnográfica;

– Fenomenológica; e

– Pesquisa experimental.

Cada abordagem possui características específicas e é escolhida de acordo com os objectivos da pesquisa e a natureza do problema investigado.

Estudo de caso

Trata-se, como os termos indicam, do estudo de certo caso singular visando descoberta de fenômenos em determinado contexto. Enfatiza a interpretação de fenômeno específico e busca retratar a realidade de maneira complexa e profunda.

Mas não é simples fazer generalizações das descobertas neste tipo de pesquisa, porque se refere a um caso específico, particular, não apresenta caráter imediato e requerem cuidados do pesquisador para estender as constatações a contextos mais amplos.

Por ser singular, único, o estudo de caso permite ao estudioso pesquisar tema já estudado ou em estudo por outro pesquisador. Ora, se é um caso particular, carregará sempre aspectos peculiares que o diferenciará de outros, permitindo concepções diferenciadas do objeto estudado.

Pesquisa documental

A pesquisa documental, ou histórica, consiste, de modo geral, na procura, leitura, avaliação e sistematização, objectivamente, de provas para clarificar fenômenos passados e suas relações com o tempo sócio-cultural-cronológico, visando obter conclusões ou explicações para o presente.

A pesquisa documental concentra-se na análise de documentos originais, registos e fontes primárias (as fontes primárias são os dados originais e directos, colectados pelo próprio pesquisador) para colectar dados e informações sobre um determinado tópico de pesquisa.

As fontes de dados na pesquisa documental podem incluir relatórios oficiais, cartas, memorandos, registos históricos, diários, transcrições de entrevistas, registos legais, entre outros documentos escritos.

As informações relevantes são objecto de fichamento, isto é, de catalogação do conteúdo importante para o trabalho. O fichamento deve ter cabeçalho, identificação do autor, título, editora e ano.

Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica visa rever e analisar a literatura existente sobre um determinado tópico, com o objectivo de entender o estado actual do conhecimento, identificar lacunas na pesquisa e obter bases teóricas.

A pesquisa bibliográfica é um trabalho de natureza exploratória, que propicia bases teóricas ao pesquisador para auxiliar no exercício reflexivo e crítico sobre o tema em estudo. Em primeiro momento é bastante útil para aguçar a curiosidade do pesquisador e despertar inquietações sobre o tema a ser estudado.

Serve para ambientar o pesquisador com o conjunto de conhecimento sobre o tema.

As fontes de dados na pesquisa bibliográfica incluem livros, artigos académicos, teses, dissertações, relatórios técnicos e outros materiais publicados que abordam o tópico de interesse.

Em princípio, toda pesquisa tem um caráter bibliográfico em algum momento de sua concepção.

É a base teórica para o estudo, devendo, por isso, constituir leitura seletiva, analítica e interpretativa dos materiais, onde o pesquisador deve buscar ideias relevantes ao estudo, com registro fidedigno das fontes.

Levantamento

É a pesquisa realizada para conhecimento e descrição de comportamentos e de características de indivíduos por meio de perguntas diretamente aos próprios indivíduos.

É caracterizada pelo questionamento directo aos indivíduos cujo comportamento se deseja conhecer.

Geralmente não se entrevistam todos os indivíduos, apenas uma amostra significativa. O que determina o tamanho da amostra é o tratamento estatístico que será aplicado.

Exemplo de uma pesquisa de levantamento: Satisfação dos clientes em relação aos serviços de entrega de uma empresa de comércio eletrónico.

O censo (recenseamento) é um exemplo de levantamento.

Pesquisa ex-post facto

É a pesquisa realizada após a observação ou ocorrência do fenômeno ou do experimento. Ocorre quando o pesquisador não tem controle sobre as variáveis, mas

trabalha como se estivesse realizando um experimento.

Um exemplo de pesquisa de ex-post facto pode ser um estudo que investiga os efeitos do tabagismo durante a gravidez na saúde dos recém-nascidos. Nesse caso, o pesquisador observaria e coletaria dados de dois grupos de recém-nascidos: um grupo de mães que fumaram durante a gravidez e outro grupo de mães que não fumaram.

Neste exemplo, o pesquisador não tem controle sobre as variáveis independentes, como o hábito de fumar durante a gravidez, mas trabalha retroativamente para observar os efeitos dessas variáveis na saúde dos recém-nascidos. Isso demonstra a natureza observacional da pesquisa de ex-post facto, onde o pesquisador não manipula ativamente as variáveis independentes, mas analisa seus efeitos após sua ocorrência.

Outro exemplo de pesquisa de ex-post facto pode ser o estudo de impactos do Ciclone Idai na Província de Sofala. Neste exemplo, o pesquisador está estudando os efeitos do ciclone Idai após sua ocorrência, sem controle directo sobre as variáveis independentes relacionadas ao evento, como a intensidade do ciclone ou a magnitude dos danos. Isso ilustra a natureza retroativa da pesquisa de Ex-post facto, onde o pesquisador observa e analisa os efeitos de um fenômeno após sua ocorrência.

Pesquisa-participante

É uma concepção de pesquisa em que a investigação social ocorre por meio de forte interação entre o pesquisador e o público pesquisado – a comunidade.

Este tipo de pesquisa propicia construção de conhecimentos para posterior transmissão aos indivíduos envolvidos com os fenômenos ou fatos observados, visando mudança do quadro observado.

A conjugação dos esforços de pesquisa permite à comunidade fazer análise de sua realidade para descobrir causas de situações que careçam de mudança, e respectivas soluções para benefício próprio. Constitui, assim, terreno fértil para mudanças do que ocorre com a comunidade, o que lhe confere certo potencial educador e político e, por isso, capaz de promover emancipação social dos grupos pesquisados.

Pesquisa-acção

A pesquisa-ação é caracterizada pela estreita cooperação entre os indivíduos pesquisados e o pesquisador, considerando-se que, cada pessoa tem muito a dizer e a fazer.

Nesse tipo de pesquisa, certa situação-problema, de abrangência colectiva, é investigada para, em discussão com as pessoas atingidas por um problema ou questão sobre causas, agentes, opções de reparo, ações, negociações e conflitos, chegar à resolução e gerar aprendizagem sobre o que se tratou.

Há diferença entre pesquisa-ação e pesquisa-participante. A pesquisa participante objetiva levar a comunidade a investigar e a analisar sua realidade e, partir das descobertas ou diagnóstico, provocar mudanças a posteriori, sem a participação do pesquisador. Na pesquisa-ação a análise da situação é simultânea à execução de planos de ação para provocar mudança, com a participação do pesquisador.

Pesquisa etnográfica

É a pesquisa que procura descrever o conjunto de entendimento e de conhecimento específico compartilhado entre participantes que guia seu comportamento naquele contexto específico, ou seja, a cultura daquele grupo.

Como etnografia é ciência da descrição cultural, a pesquisa etnográfica estuda grupos de pessoas, enfatiza os sujeitos pesquisados independentemente das teorias que sustentam a descoberta.

É um tipo de pesquisa eminentemente qualitativa, rica em instrumentos observacionais, a exemplo de entrevistas informais, notas, gravações em vídeo e rádio, observações locais, convivência do pesquisador com entes pesquisados no local dos fenômenos, etc.

Aspecto a relevar é a ausência de teorias na observação dos fatos sociais ou fenômenos em estudo. A partir deles é que o pesquisador tenta conceber uma teoria para o fato no ambiente estudado e, depois, de forma cuidadosa e com limitações, fazer generalizações.

Pesquisa fenomenológica

A fenomenologia é definida como o estudo das essências, é apropriada à pesquisa sobre educação. Se educação, na sua acepção, contempla as possibilidades de seu sujeito – o estudante, a este tipo de pesquisa importa o fenômeno puro observado no aluno, em sentido subjetivo, tal como recebe, processa e se manifesta a consciência, sem considerar o fenômeno com o mundo exterior.

Pesquisa experimental

Experimentos são meios usuais de avaliação científica que permitem controle do ambiente e dos sujeitos ou de parte dos sujeitos da pesquisa.

Pela pesquisa experimental o pesquisador estabelece um objecto de estudo, seleciona as variáveis que podem influenciá-lo, define mecanismos e formas de controle e de observação dos efeitos causados pelas variáveis selecionadas sobre o objeto pesquisado.

O objetivo é verificar o efeito de uma ou mais variáveis independentes sobre uma variável dependente, ou seja, testar uma relação de causa e efeito de certo fenômeno.

Saiba como elaborar Projecto de Pesquisa de forma fácil.

Como apresentar a Metodologia na Monografia

Os (6) instrumentos e técnicas de colecta de dados também desempenham um papel importante na metodologia de pesquisa.

Instrumentos são os meios físicos ou digitais usados para colectar informações (questionários, roteiros de entrevistas, diários de campo, etc).

Técnicas são os métodos utilizados para interagir com os participantes e colectar dados (entrevistas, observação, análise de documentos, etc).

Instrumentos:

  • Roteiro de entrevista, Questionário (formulário com perguntas), Diário de campo/fichas de observação, Lista de verificação ou roteiro de análise documental, Roteiro para discussão, Protocolos experimentais, etc.

Técnicas:

  • Entrevista, Inquérito, observação, Análise documental, grupos focais, Experimento, etc.

Fontes de Dados:

Primários: são materiais que fornecem dados originais ou informações directas sobre o tema pesquisado. Exemplo: Observação, Questionário, Entrevista, Diários, Histórias da Vida, Grupo Focal;

Secundários: são análises, interpretações ou comentários feitos a partir de fontes primárias. Exemplo: Livros e artigos académicos, Monografias, dissertações e teses, revisões bibliográficas, Documentários, artigos de opinião, etc.

(7) Análise e tratamento de dados

Para dados quantitativos: técnicas estatísticas (Medidas Descritivas, Testes de Hipóteses como teste t de Student, ANOVA (Análise de Variância), teste qui-quadrado, teste de correlação, entre outros).

 

Para dados qualitativos:

Aqui está um resumo das principais técnicas de análise de dados qualitativos:

  • Análise de Conteúdo: Identifica e categoriza padrões em textos, como entrevistas ou documentos, permitindo quantificar informações para interpretar tendências.
  • Análise Temática: Explora temas recorrentes nos dados, codificando-os para entender as experiências, opiniões e percepções dos participantes.
  • Análise de Discurso: Examina como a linguagem é usada para construir significados e relações de poder, considerando o contexto social e cultural.
  • Análise Fenomenológica: Foca nas experiências subjetivas dos participantes, buscando compreender a essência das vivências relacionadas a um fenómeno específico.
  • Análise Narrativa: Analisa as histórias pessoais dos participantes para entender como constroem significado e interpretam suas experiências.
  • Teoria Fundamentada (Grounded Theory): Desenvolve teorias a partir dos dados coletados, codificando e comparando informações para identificar conceitos emergentes.
  • Análise Ecológica: Examina as interações entre indivíduos e seu ambiente, considerando fatores contextuais que influenciam comportamentos e experiências.
  • Análise de Quadros (Framework Analysis): Organiza dados em uma matriz para facilitar a comparação e interpretação dos temas identificados, sendo útil em estudos com grandes volumes de informações.

(8) População, Amostragem e Amostra

A definição da população e da amostra é um aspecto essencial da metodologia de pesquisa. A população refere-se ao conjunto de elementos que possuem determinadas características, enquanto a amostra é um subgrupo da população, selecionado para participação no estudo.

Amostragem: Processo de selecção de um subconjunto da população para participar no estudo. O Processo de inferência estatística é apenas válido quando as amostras estudadas são representativas da população teórica em estudo a partir da qual foram obtidas.

Existem basicamente dois tipos de amostragem:

(1) Amostragem probabilística ou aleatória

Neste tipo as amostras são obtidas de forma aleatória (a probabilidade de cada elemento da população fazer parte da amostra é igual para todos os elementos e todas as amostras seleccionadas são igualmente prováveis).

(2) Amostragem não-probabilística ou não-aleatória

Neste tipo a probabilidade de um determinado elemento pertencer à amostra não é igual à dos restantes elementos (não seguindo portanto os princípios básicos da teoria das probabilidades). O problema com este tipo de amostras é que estas podem ou não ser representativas da população em estudo.

População / Universo da Pesquisa: Porquê foi escolhida? Quantos são? Quais são?

Amostra: Quantos são? Quais são?

Sujeitos da pesquisa (pessoas que fornecerão os dados e, que, algumas vezes, correspondem à própria população da pesquisa): Quantos são? Quais são?

(9) Variáveis

As variáveis são os elementos ou características que serão analisadas no estudo. Podem ser:

  • Variáveis Dependentes: São influenciadas pelas variáveis independentes. Exemplo: “Nível de stress” (dependente) em função do “tempo de estudo diário” (independente).
  • Variáveis Independentes: São manipuladas ou observadas para verificar se têm efeito sobre outras variáveis.

É possível indicar variáveis em uma pesquisa qualitativa, mas é importante entender que, na abordagem qualitativa, o conceito de variável difere do seu uso na pesquisa quantitativa. Na pesquisa qualitativa, as variáveis são mais exploradas como temas, categorias ou factores que influenciam ou contextualizam o fenómeno estudado, em vez de serem medidas numéricas.

(10) Considerações éticas

Toda investigação deve respeitar princípios éticos. Estes incluem:

  • Consentimento informado dos participantes;
  • Garantia de confidencialidade e anonimato;
  • Respeito pela integridade e direitos dos participantes.

Nota: Investigações com seres humanos geralmente necessitam de aprovação por comités de ética. É importante cumprir com todos os requisitos para evitar problemas legais e garantir a integridade científica do estudo.

(11) Limitações do trabalho

Nenhum estudo é perfeito, e é crucial reconhecer as suas limitações. Estas podem incluir:

  • Tamanho da amostra;
  • Restrições financeiras ou de tempo;
  • Possíveis vieses.

Dica: Identificar as limitações ajuda a contextualizar os resultados e fornece um caminho para futuras pesquisas.

(12) Resultados esperados

Por fim, é necessário descrever os resultados esperados com o estudo. Mesmo antes da coleta de dados, o investigador pode prever os possíveis impactos que a investigação terá, como:

  • Contribuições para a compreensão do problema;
  • Possíveis aplicações práticas;
  • Direcionamento para futuras pesquisas.

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